segunda-feira, 18 de julho de 2011

Caixinha de surpresas

Como a vida lhe prega peças, antes acreditava em destino que tudo estava escrito e irredutível de alterações, hoje deixo levar simplesmente pelo arfar de situações. Sou ansioso me desespero com o não conhecer, o não controle, não sei por que tanto medo, porque às vezes o frio na barriga é prazeroso, aquela sensação de caos momentâneo, de não saber onde está pisando, em que as nuvens não passa de um estado de espírito. Ser forte em muitas situações é melhor saída, manter uma armadura de cavaleiro oculta a fragilidade que temos, em muitas ocasiões me fiz de guerreiro imbatível e fazia jus em pessoas mais frágeis, em minha própria utopia, mas hoje acredito que a vida não precisa ser rígida e sólida, demonstrar sentimento não é perder e muito menos monstrar com somos, qual o problema de ser humano?


Sou camaleão, mudar acho que é minha sina, até mesmo quando não quero, burradas será? Ou apenas inocência de um garoto que esta aprendendo com seus próprios erros. Dar certo é o que mais quero, tenho vontade de abraçar o mundo e todas suas imperfeições, a lua seria um bom pedestal. Tive um mestre que citava em “atirar pedras na lua, você pode não acertar, mas ira pelo menos chegar perto”, acredito que você é o que sonha. Os problemas acontecem para pincelar de escuro, mas a cor e o brilho só agente compõem, todo preparo em escolher os ingredientes certos e a qualidade e só nossa, família e amigos são essenciais para dar consistência e resto é talento para saber fazer boas escolhas e ir atrás de criar a obra mais bela que é a felicidades. Às vezes desistimos ou ficamos desanimados, acho que por mais fortes que somos isto é normal, mas penso no melhor, estes dias que passei uma barra pessoal e uma grande amiga, sabia em uma hora precisa falou uma frase de Fernando Sabino "No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim." Sabe aquela pitada de que faltava, caiu como uma luva para o momento, por isso acredito que a vida é uma caixinhas de surpresas e só agente consegue descobrir as entrelinhas, pois interpreta-la é uma dádiva.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Um dia me falou...

Aconteceu não deu para prevenir, aconteceu em um dia normal, quando uns acordam, outros trabalham e deixam a labuta. Caminho corriqueiro, manhã de sol, arfar de luz em um sol qualquer, caminho de casa, família renegada, solitário, órfã de companhia, só de quem ama, o que penso? Quem se preocuparia? Sem dor será? Sem sentimentos talvez, que os anjos o levem, aconteceu. Por que? Comigo, com ele, com nós, por que comigo? Por que não comigo. Choque e trauma, não sei, lembro dele chorando quando me formei, com minhas conquistas, preocupado com minha derrotas, lembro dele guerreiro, lutando e querendo o bem, lembro ele lindo. Dor boa, sorriso, gosto de pensar como foi importante, pois quem sou ou melhor o que era, sem ele talvez não existiria. Não como ser e sim como personalidade, luto a acreditar que não era pleno, choro em pensar naqueles olhos, lembro como nele brilhava, como me via. Infância enchia de fantasia, meu herói, mesmo sangue, identidade, quem foi este homem? Imagino o primeiro olhar, apaixonado, empolgado, semelhança será? Não importava, pois era seu filho, como adorava ser amado, como adora ter um cara que daria sua vida.Falta, como sinto, presença, voz, sentimentos, alguém com quem contar, alguém para me abrigar, para torcer. Como é bom ter alguém perto, ter calor de parente amigo e fã de espírito. Minha base, meu primeiro espelho, queria seguir e muito menos remediar. Estreitar o que queria, queria seu zelo, sua força. Quero que você saiba que te amo. Você foi o melhor pai do mundo.

domingo, 16 de novembro de 2008

Amor e Ódio, nobre questão

Amar e odiar eis a questão me pego a pensar como sentimentos tão destinos podem ser o mesmo. Quando você já não se reconhece, onde os lugares vividos e as ações cotidianas já não têm o mesmo sentido me preocupo, são sintomas de uma síndrome que me alerta, estarei eu sofrendo de algum mal? Estarei eu com algum câncer? Acho que tal gripe (digamos assim) veio desta vez para derrubar, pior que estava vacinado, veio mutante, sussurrando palavras floridas, de um jeito meigo, despretensioso. Culpo-me por estar blindado, por estar com as defesas postas, caio em contradição, sim contradição, pois estes sentimentos não são para mim (ou melhor, eram). Baixei a guarda, a sensação que tenho é que fui enfeitiçado, por um poção ou por um arfar de Eros. Acredito que tal Deus sabia da minha vida e sem pedir licença simplesmente me flechou. Odeio não ser avisado, mas no meu caso (no fundo) esperava, pois tal o sentimento foi trabalhado, foi minuciosamente talhado, como uma obra nas mãos calejadas de um artesão.

Por que de um momento para outro excluímos um mundo de possibilidade para filtrar no singular? Abrimos mão de uma vida bandoleira, sem compromissos e cheia de riscos mundanos, para uma vida branda, mediana, com sensações mais previsíveis. Fechamos-nos em alguém a todo o momento, quando “só” me vejo com muitos amigos e a cada um com suas funções pré-estabelecidas, papo bom para uns, diversão para outros, noites calientes para poucos e por assim vivo a imparcialidade de sentidos a sensações. Descompromissada diria, mas por um olhar torto de Eros tudo muda, você já não quer mais tantos amigos, os afer´s se diluem as poucos como generais que cai com um novo imperador. A batalha acabou, encontrei um território seguro longe de perigos, este sim posso confirmar, posso deixar as malas, pois a viagem chegou ao destino, não preciso ficar de lugar em lugar procurando vida pulsante, pois o acalanto de mares tranqüilos, a beleza do amanhecer e a tranqüilidade do entardecer me fazem feliz. Aceitaria a vida como ela é e não questionaria mais o mundo e suas imperfeições. Abujanra com certeza falaria: “você é romântico”, outro amigo de festa fervorosas, bem mais coloquial diria “troxa”. Tanto um quanto o outro estão certo. Amor e ódio estarão em plena harmonia nesta nova batalha ou nesta nova viagem, existem agora sentimentos até então não testado, claro que pode dar errado, a vida não é certa e nem perfeita, mas como é bom o novo. (... ) “Um cheiro de carne, de vinho, de fruta recém-tirada do pé. A vida recende violenta. Por que não abocanhá-la inteira, cruel, vermelha, suculenta, escorrendo sangue pelos dentes?” Como são certas e sabias as palavras de Raquel Naveira.

domingo, 26 de outubro de 2008

Posso errar

Será que se completam? Ou podem se refigurar? Eu não sei, não sei que sinto, um espoleta a outra um sensata, duas pessoas que a pouco se conheceram e se encontram. O que aconteceu? Não lembro, encontraram-se por acaso e hoje refletem sobre relacionamento. Atração mutua ou enganosa? Eu não sei? A briga e o namoro de opostos, seres que habitam em mundos diferentes que se encontraram como um raio, como feixes luminosos que percorrem na velocidade da luz. O que será? Tantas dúvidas, tantos planos, um turbilhão de sensações que a cada momento ficam mais intensas, que a qualquer momento terá uma ruptura, uma lasca de um vaso de barro novo, que ao nascer e com descuido tolo se desfaz a uma pequena lembrança. Isto não é previsivel, sinto-me que a qualquer momento alguém não vai agüentar o jeito do outro, qualidades e virtudes, são como sensações decisivas neste momento. Quase um tropeço de gladiadores em batalha aberta ou um rasantes de avião, aqueles com fumaças coloridas liberando fluidos de boas e más intenções, novamente não sei o que acontece quando te vejo, quando te abraço, quando te amo, quando te vejo, admiro sua essência, límpida, carente, insegura, aquela que se deixa levar e ao mesmo tempo amarga na duvida, por outro lado existe um cara indeciso, alegre e apaixonado, diria que não sei. Diria que na vida temos poucas certezas, talvez viver e morrer não são únicas afirmações, mas acredito que existe uma terceira que abro o peito para falar que depende só da gente, dos nossos atos e quero muito lutar por tudo que sonho, que nem para isso tenha que provar o azedo e o amargo, porra! Como quero aproveitar tal vida que tanto amo, de ler todos os livros, de dançar todas as musicas, de viver todos os amores que tal vida me proporciona, amo-te a cada momento juntos, a simplicidade de gestos e na delicadeza dos seus movimentos me impressiona. Confesso que são ótimos os momentos íntimos, momentos de sensações mutuas de misturas, de gosto, de satisfação, com cheiro e com prazer que queima e da água na boca, que luda a tanto amores, não me recordo de química tão perfeita, tão completa, tenho medo do que sinto. O complicado é não ter domínio ou de perder o controle, de não saber onde piso, mas é curioso são as mudanças que acontece, pois sou meio coração de pedra e hoje isto se alterou, de perceber que alguém há tão pouco tempo era uma estranha, que chegou do inusitado, talvez do acaso, no entanto me tocou, sem intenção, foi certeiro sim, alcançou como um ponto "X" que só com lente de aumento conseguimos enxergar, sinto como uma criança que fica entusiasmada como um brinquedo, que fica ansiosa com um evento ou com febre a ser rejeitada, sinto me inocente, em dilúvio e a deriva em mar aberto onde não conheço. O pior de tudo de gosto, eu não sei? Quero resposta certas, respostas que me conquistem, adoro quem me conquista, me faz escravo de amores, pois não tenho ócio, pois não gosto de solidão, gosto de ser amado e de carinho, de afagos em horas imprevisíveis e impensadas. Alegrias e momentos felizes me encantam me faz acreditar que fadas existem e que os problemas podem se esmaecer ou diluir em fumaça. Mundo platônico de sonho, o difícil é voltar à realidade. Mas como não sei? Posso errar.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Nunca ou quase nunca

Papos e encantos, desvendar e descobrir é minha busca. Por enquanto o que faço é sondar, escutar e me fascinar. Mas como me fascina conhecer pessoas, saber que existe um pouco de mim, ou que não existe nada. Gosto de desvendar os segredos mais secretos e os amores mais inquietos. O destino é sempre uma alusão, objetivos mil, mas por enquanto não me preocupo. Não quero a perfeição ou alguém que faça tudo por mim, assim como no mundo lúdico de Platão seria um tédio, ou melhor, serio intocado. Platonismo? Não tenho mais idade, agora sou maduro, claro que não muito, mas o bastante para ter critérios. Chegamos a um estafe da vida que somos exigente e menos apaixonado, o brilho nos olhos não acontece de uma hora para outra, nesta fase passam-se muitas pessoas na vida, cada uma com uma qualidade, um gosto, um dilema, mas não nos apetece. Às vezes gostaria que fosse um adolescente, que a qualquer mulher, sendo ela visinha, professora ou atriz de cinema faria suspirar mais forte. Hoje somos cautelosos, cuidadosos, não sei por que tanto, seria por desilusões vividas? Ou por medo de se entregar e quebrar a cara? O pior que talvez seria o cumulo: “medo de ser feliz”, de ver que tem pessoas que esta a seu lado e que traria o Sol a seus pés ou a Lua para iluminar uma serenata, para te ver feliz, mas isso é muito fácil para nosso ego que regula muito mais nossas vontades, talvez ele fosse o problema na nossa infelicidade, por isso a incansável escolha. Por quanto tempo iremos procurar? Por quanto tempo iremos escolher? Existe uma fabula grega que a culpa é de Zeus por separar a nossa cara-metade. Ele por fúria de ter um discípulo que o contrariará deu um castigo e uma maldição. Como grande poderoso e pai de todos os deuses separou em lugares distintos do mundo e jogou a maldição de “nunca ou quase nunca iria se encontrar”. E talvez esse “quase” é o que procuramos é a esperança de encontrar o perfeito ou pelo menos o que nos identifica. Não acredito em eterno, mas em viver com alguém me entenda, ou melhor, me escute. Sou problemático.

domingo, 22 de junho de 2008

Esfacelar ou ser caracol

Elucidar e transcender, figuras e firulas em um mundo abonado de intenções adversas. Quem somos e onde estamos? Indagações que a todo momento me aterroriza, encontrar-se é meu dilema, sou pleno, um escroto em pessoa, quase uma fraude, vocês que estão olhando não tem culpa ou melhor são bobos por não perceberem que existe uma mascara que está tão fixa e incorporada. O pior de tudo, que é consentida, a transparência é uma falácia, somos seres que é facilmente esfacelado, nos sujeitamos a fazer parte daquilo que não acreditamos. Que mundo é esse? Que o capital fala mais alto, que a falência de reputação é comum. A ambição se sobrepõe a viver. Hoje o que sei que meu filho está perdido, o caos está instalado, é um vírus que não tem cura, vai matando em segundos moléculas importantes no organismo, acredito que no futuro será pior. Acredito que o governo já sabe desta doença por isso faz nada, quase um caso perdido, mas por que culpamo-los se somos reflexo. Mover ou permanecer parado? Trabalho em um país que se orgulha e ter o jeitinho brasileiro. A globalização tais como outras criações do mundo modernos fizeram nos achar tudo natural. As relações são efêmeras e o amor não existe, transas são rápidas como um toque de msn. Mas nos esquecemos que o orgasmo é um ato único. Uma vez vi uma propaganda de uma bebida que dizia: “O caracol faz sexo uma vez na vida” pensaríamos que merda é isso, mas na continuação: “durante doze horas!!!”, me fez refletir, mas que vale a quantidade se a sensações é são efêmeras? Viver a cada momento como se fosse o último é uma frase esquecida, mas digo que as coisas simples também são interessantes, acredito que existe pessoa mais insignificante que não tenha nada interessante para contar. Saber ouvir é o que estou aprendendo, é difícil, pois sou ativo gosto de me sentir o movimento, mas posso esperar para me mexer na hora certa, como o caracol.

domingo, 30 de março de 2008

“Viver é mais que sonhar”

Nem sempre a vida é certa, nem sempre o planejado acontece, por mais que perseguimos uma vida perfeita, somos constantemente pegos pelo acaso, por ações inesperadas que acabam mudando o rumo da vida. Como seria o mundo ideal? Perfeito e cheio de idealizações, um mundo platônico? Um mundo sem miséria, sem desilusões, sem problemas e muito menos sem abandono... Iríamos crescer idealizados, viver e sentir o previsível seria como marionetes que são controlados por algo que indigna, o destino. Seriamos uma farsa, sem sal e sem açúcar. Encontraríamos alguém perfeito, viveríamos em um lugar perfeito, acho que isto tudo podia ser até antecipado em um livro da vida, que seriamos guiados por tal. Aconteceria como nos contos infantis, que no final tem a típica frase: "Então viveram felizes para sempre", isto é uma ilusão e são colocados nas mentes inocentes das crianças, nem tudo são fadas. A Cinderela após encontrar o príncipe vivem felizes para sempre? Isto é uma mentira, pois ela vai casar e ter problemas como qualquer outro casal, talvez terão filhos e passarão por dificuldades reais de uma relacionamento. O mundo de fadas é belo. A fantasia pararia a existência e a realidade, como seria bom o mundo platônico?

Somos pegos pelo acaso, temos espaços em brancos que serão completos pelo inusitado, por mais que planejamos estamos diante de situações que acontecem sem premeditar e acaba mudando o rumo da vida. Colocamos moldes de felicidade em nossa existência, parâmetros que às vezes, ou melhor, em muitas vezes não são alcançados. Não estou dizendo que não devemos sonhar ou muito menos largar as utopias, comento que para viver não existe formulas, independe de alguém que faça mudar a sua vida, alguém que te banque, alguém que aparece como nos contos de fadas e coloca um tapete vermelho e de uma hora para outra te presenteia com mundo, sou realista o bastante para falar que a felicidade depende só da gente mesmo que untadas com o imediatismo do futuro nos completa. Como um amigo de boteco me disse em certa vez, regrados de longos copos de cerveja, “Viver é mais que sonhar”.