sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Sei que nada sei

Como é difícil expressar, quem sabe em metáforas consiga sentir o que sinto, sou incompreensível e impotente de decisões, de ramificações, de vida pulsante. Sinto me diferente como o de costume, sinto amigo te ti hoje, mas amante nos momentos vagos, talvez viesse a dor, talvez viesse o amor, a cada momento o sentimento se transforma, mas não se adapta a realidade, que agora é dura e difícil ser encarada, que não quero ver na particularidade, pois tenho medo, tenho horror do que há de vir. Gostaria as vezes que o tempo parece nas felicidades, mas não é possível, pois sou outro e o mesmo a cada partícula de tempo. Quebrar, desfazer, esfacelar, corromper e apagar é que quero. Simplesmente...

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Sentimento fugaz

Texto inacabado

por Leonardo Lopes

Sentimento que me faz transcender diante da realidade, que me faz perceber sensações mutuas, boas e prazerosas e só quem ama entende. O difícil é explicar em poucas palavras a intensidade do que acontece. As vezes me pergunto onde estou? As vezes não me conheço, simplesmente me vejo outro, sou pego de surpresa por atitudes que não é da minha índole, mas que acontece por acaso, não consigo ou não quero acreditar. De vez em quando me pego perdido, indeciso, parece que estou no escuro, com venda nos olhos, em direção inserta, pois o que me guia são poucos sentidos, mas são muitos sentimentos. Isso sim está forte, fugaz e ao mesmo tempo angustiante. Quando ando estou desnorteado, pois estou no escuro e duvido de mim mesmo, pois é uma sensação nova, guiar-se por indecisões, andar por instinto e por afeição...

Quando algo de novo acontece, um problema, uma situação desconfortaval é como um boicote, uma contradição. Não quero acreditar, me recuso e me contradigo que tais mudanças podem me abalar, mas o problema disso tudo é que viro os olhos para não perceber o que é obvio, o que está diante de mim. Encarar de frente é dificil, decidir pode mudar tudo é um assunto delicado demais. Sei que sou um covarde por me esconder, até quando serei um garoto borralheiro que foge, até quando serei a sombra...

Coração que chora inocente

por Leonardo Lopes

Viver sem sentir, viver sem se lambuzar, viver sem doer, por que viver? As vezes é como um espinho que não percebemos, que passa o dia-a-dia, que inflama, que arde e quando ao menos esperamos alfineta a alma. Agride o que mais nos tememos, o coração. A sensação é de profunda incompetência de sentidos, vem a tristeza, vem o inconformismo.
Estranho é o que nos afeta, que nos provoca, o que nos faz perceber como somos tolos diante de nossa emoção, somos reféns de aquilo que acreditamos, mas as vezes não estamos certos, não estamos prontos...

Seria fácil perceber o perigo no inicio, podia estar dentro de uma cápsula protetora, de um escudo que por mais poderosa que seja a bomba estaria seguro, nada e ninguém me afetaria. Mas a vida não é tão fácil assim, por mais que nos policiamos com tais perigos, por mais sejam nossas resistência baixamos a guarda, por que o perigo no qual falo é o amor, a paixão que nos faz transcender.

Temos culpa disto? Seremos penalizados por exigir mais, por nos entregarmos? Por viver a cada pedaço? Desculpa por pensar assim, queria ao menos um pouco da sua atenção. O coração chora, derrama o seu precioso liquido mais uma vez, mas não por acaso. Derrama por ser inocente e por se deixar levar.

Derrama por amar...

domingo, 16 de setembro de 2007

Confuso, apenas confuso...

por Leonardo Lopes

Singelo são os atos mediante a intensidade de nossos sentimentos. Pergunto-me por que tais manifestações nos tornam vulneráveis? As vezes fico inquieto, pois tenho certeza que sou fraco não aguento de dor, mas preciso ser forte, sei disso, mas o lasco tirado de minha armadura que até então era inabalável virou uma ferida exposta, uma ruptura que aos poucos cai até chegar o ápice, a nudez de espirito. Ela não é visível! Talvez irreparável, acredito que só o tempo é uma solução as mazelas, mas não como uma formula mágica.
Tenho medo do que há de vir, tenho medo da reação ao desconhecido. As situações mundanas agora tem outro valor, tem outra construção, tem outra dinâmica. O efeito a mudança é cruel. Como suportara dor da perda? Será que quero este mundo novo, a adaptação é necessária para a sobrevivência, mas a resistência fala mais alto.
Rupturas são difíceis, paradigmas um carma, foram criados ou sistematizados não para ser quebrados, no entanto, sofremos com isso, como é duro acreditar. A consciência e a percepção do novo não nos agrada, logo em alguns momentos é necessário.
Tudo que olho me faz lembrar, um cheiro, uma música, um lugar ou um pequeno gesto são como teclas e quando tocadas se cria uma imagem nítida na minha frente, um sonho claro, algo que acende e me faz lembrar de momentos bons, que fora escritos como uma caneta de pena, com um capricho invejável.
Vem um turbilhão de coisas na minha mente, mas ainda está confuso, expressar ou descrever com detalhes parece uma missão inacabada...Impotente é o que me sinto!

terça-feira, 6 de março de 2007

Envolventes e demoníacos

Leonardo Lopes

Adoro o seu gosto, seu cheiro, seu abraço apertado, seus beijos quando acordo, sua forma de falar te amo. Adoro quando fica com tesão pedindo mais... O carinho que me trata, os conselhos que me dá, a atenção com que me escuta, compreendendo até os mais insensatos assuntos, às vezes somos loucos, inconseqüentes, insanos. Crianças inocentes brincam, viram amigos, diria companheiros para horas difíceis, para momentos bons, para um amor puro e desejos aflorados. Somos envolventes, demoníacos, somos o que não queremos, mas a pureza desse amor é o que prevalece, solidifica a cada raptora do tempo. Tempo que nos uniu, e só ele nos dirá o que poderá acontecer. A eternidade é uma pretensão, um sonho talvez.

domingo, 4 de março de 2007

Devaneios de um refém

Leonardo Lopes

Às vezes me pergunto o por que de tanta duvida. Sinto-me refém de sentimentos que não consigo descrever. Tudo parece simplesmente perfeito, alias, perfeito demais, talvez essa maneira de tudo acontecer bem é que tira meu sono, mas não é sempre assim que acontece, acredito que isto me cutuca raramente, só sei que me sinto refém. Sou prisioneiro do conformismo, de sempre pensar que tudo esta bem a ponto de não interromper o elo. Como seria quebrar uma historia dessas? Talvez será única vez que me apaixonarei, mas por que não sinto o frisson que todos comentam quando vive o mesmo estado de espírito? Será que meu destino será testar a vida e com isso as pessoas que se dedicam para me fazer feliz? Muitas questões que não devia perdurar em relações perfeitas, mas que me atormentam. Não sou aquele que pensa alto, mas talvez sou aquele que pensa muito. Podia simplesmente viver... Deixar a vida me levar, viver um dia após o outro, mas não sou assim, recuso-me a passar passivo por algo que me incomoda. Será uma forma de me defender? Não sei. Colocando em miúdos sou um verdadeiro covarde que se esconde, sou aquele que fica quieto no canto mais escuro do quarto, parado refletindo o que me aflige. Gostaria de dar a cara para bater em certas ocasiões, de não me arrepender pelos meus atos de loucura, ser um eterno embriagado que se anestesia com drogas diversas a fim de ter coragem. Não quero ser um gladiador para passar por todos sem ter medo eu apenas quero é ser normal, levantar a cabeça quando alguém se dirigir a mim, de ser possível apenas dizer o que penso. Como é interessante fazer uma auto-avaliação de sua vida e perceber que fase de garoto já passou e de não encarar a vida mais como uma festa. Estou num processo de maturação e de amadurecimento. Tal processo me arranha, deixa-me deslocado, um pato fora d´gua. Na verdade o que acontece é pensar no passado e perceber como era tolo. Dava valor pelas coisas insignificantes e passageiras, como eu era superficial. Estou vivendo um momento delicado e importante, de abstração de meus sentimentos, de depuração do meu gosto. Sei que sou novo para entrar em colapso racional, será que isto existe? Acho que a dosagem que todos tem de sentimento e razão estão erradas no meu caso, o meio termo, ou seja o equilíbrio seria o recomendado, agir por impulso que me condena. Tento arrumar um jeito de fugir dessa prisão que por mais que eu tento morro na praia. Acho que sou um fiasco, por um lado um garotinho indefeso (pelo menos aparenta) que tem medo de se expor, por outro um verdadeiro puto que não mede seus atos. Mas o que sou realmente? Um artista circense. Que se pinta e se molda para o publico aplaudir? O frisson ou o decalco? Dilemas esses que me perseguem, pois não passo de um refém de meus anseios apenas.

Cicatrizes

Leonardo Lopes

Para que vale palavras se tem horas que elas não servem para descrever sentimentos, ainda mais a dor. Palavras são códigos que servem para falar o mundo, explicar talvez. Sempre tive fascínio por compor um belo texto, mas em situações que nem se forem ditas resolvem, fico de mãos atadas. Sei que errei, não nego, sou humano!!! Se desculpar não apaga ressentimentos e nem justifica gestos.O que é o perfeito?Certa vez tinha um guerreiro que era vencedor em tudo, ele era lindo e sempre ganhava suas batalhas, todas as mulheres das cidades próximas o cobiçavam, seu rosto era perfeito sua armadura era impecável, parecia um espelho de tão limpa e lustrada. Derrotas ou qualquer tipo de perda era inconcebível em sua vida. Os homens o temiam, pois ele sempre ganhava de seus oponentes. Às vezes me pergunto se isso é possível. Se que o amor por mais perfeito que seja ele tem seus percalços. Porque não existe um guerreiro sem cicatrizes, gostaria muito de pairar este relacionamento sem nenhuma briga ou discussão, mas seria um erro pensar que somos o casal perfeito. Tenho vários problemas tal como vc. De quem é a culpa de todos que nos cercam reiterar a cada dia que fomos feitos um para o outro? É evidente o entusiasmo deles para nos ver juntos. Cicatrizes são essenciais para mostrar quantas batalhas ganhamos, algumas são mais profundas do que outras, são como troféus por mérito, não são como tatuagens que foram feitas para ser exibidas, cicatrizes são necessárias, pois mostram como fomos fortes para agüenta-las. Nenhuma ferida, isto eu falo em sentido amplo, pois feridas não precisam ser expostas para serem sentidas, algumas deixam seqüelas. Apaga-las jamais! Acredito que elas servem para mostrar o quanto fomos maduros e fortes para supera-las ou vc vai jogar um guerreiro fora só porque ele está debilitado? Ele é um ser humano que pulsa a cada minuto. Amor é isto, não é como algo que pode ser descartado de uma hora para outra, ele não é eterno muito menos para sempre. Sei que isto te magoa profundamente, estaria assim na sua pele, sempre te disse que faria tudo para isto não acontecer e espero que nunca mais te ver chorando por algo que poderia ser evitado. Nestes poucos meses que estamos juntos conto os minutos para ficar ao seu lado. Seria um erro jogar tudo no lixo por um arranhão.

Fagulhas de um irmão

Leonardo Lopes

Às vezes penso em coisas que nunca saberei se vou fazer, coloco na mente lugares maravilhosos que existem, mas que não conhecerei. Tenho vontade de desfrutar a vida – mas o que fato é a vida? – se não uma partícula do tempo que passa, uma ruptura num lasco da existência. Confundo-me às vezes com lembranças e com sonhos, não sei mais o que real ou fruto da minha imaginação. Alucinações permeiam a minha mente. Certo dia sonhei com um filho, era lindo, tinha os cabelos lisos, olhos castanhos claros e pele morena suave, alegre de encher os olhos. Era inconfundível à vontade de viver daquele menino que se dava bem com todos de sua idade. Entretanto era mais um sonho, pois saberei que nunca vou tê-lo, não será possível um amor paterno de algo eu não vai acontecer.

Como será cobiçar coisas que não terei, desejar uma camisa listrada de colarinho combinando ou um sapato de pelica brilhante ou aquele mais caro e mais luxuoso de cromo alemão com uma cor fosca para não ser percebido quando passar por alguém, coisas materiais que não me serviram. Mas pensando bem, iram apenas aguçar meu ego, satisfazer meu espírito nem que seja momentâneo. Gosto de coisas momentâneas, pois não acredito na felicidade, não credito neste estado de sentimento que todos almejam, perseguem, pois acho que isto é mais uma forma de acalantar os problemas, as tristeza, as angustias. Não vou ser feliz ou ter felicidade, viverei o agora.

Também penso em aqueles que me rodeiam, pois eles são pedaços meus, como eu sou deles. Amigos e familiares são como pinturas em nossos cascos, pois toda a vez que encosto em alguém ele fica a minha cor, assim como eu adquiro a sua cor. Somos moldados e moldamos muitas pessoas, nosso caráter nada mais é do que todos aqueles que conhecemos reunidos em nossos cascos, juntados em uma única pessoa. Passar pela vida é agredir e manifestar espaço. Se uma pessoa não existisse, ela não ama e nem é amada, ela não passa por nossas vidas e não sabemos que é ela. Não sentimos lembranças. Alias o ruim de ir é deixar lembranças.

Mas quando do contrário o amor que sentimos é algo inigualável.O que mais me conforta é saber que meu irmão aproveitou a vida como poucos, conquistou amigos, amou como ninguém cada momento sem se importar com opiniões. Sua vida não passou de forma corriqueira, deixou um rastro de imagens boas, lembranças gostosas em sua essência. Grande abraço, Marcos você vai fazer falta.